Biografia do Autor
Quando: 2 de Agosto, Quarta-feira
Local: Memorial Dr. António Agostinho Neto
O livro intitulado “50 Entrevistas – Ditos e Reditos em Papel e Tinta”, uma compilação de entrevistas jornalísticas assinadas e maioritariamente, publicadas no Jornal de Angola, pelo jornalista Kumuênho da Rosa, será lançado e autografado pelo autor, dia 2 de Agosto do corrente, no Memorial Dr. António Agostinho Neto.
Com prefácio do jornalista Filomeno Manaças e posfácio de Paula Simons, dois nomes de referência no jornalismo escrito e falado em Angola, a obra valoriza um género jornalístico de eleição, a Entrevista, numa perspectiva documental, em que o autor, que assinala 25 anos de carreira, propõe uma viagem pelos ditos e (muitas vezes) reditos de figuras da sociedade angolana e não só, sobre múltiplos assuntos que dominaram os noticiários e a agenda política, económica, diplomática e social de Angola e também do mundo.
Os desafios do crescimento da cidade de Luanda aos olhos da professora de história da arquitectura Isabel Martins, do sociólogo e escritor consagrado Artur Pestana Pepetela e do Mestre em Arquitectura Manuel Malufuene, detalhes até então desconhecidos sobre a célebre Batalha de Kifangondo na madrugada de 11 de Novembro de 1975, contados pelo General Mello Xavier e as relações de cooperação entre Angola e Portugal sob o olhar de algumas figuras da vida política portuguesa como o Presidente Aníbal Cavaco Silva, o Primeiro-Ministro Passos Coelho e o Ministro de Estado e da Cooperação Paulo Portas.
A descolonização e as motivações nacionalistas dos combatentes pela libertação nacional sob o crivo do político e nacionalista Manuel Pedro Pacavira, os traços únicos do processo de Paz em Angola, na voz autorizada do General Abreu Muengo Ukwachitembo “Kamorteiro”, um dos signatários do acordo de 4 de Abril de 2022, o percurso e as particularidades da Constituição da República de 2010, na visão do Político e Académico angolano Bornito de Sousa.
Não menos relevante será compreender o importante papel de Angola no sistema das Nações Unidas a partir das palavras do seu principal gestor, à época o político e diplomata sul-coreano Ban Ki-moon, Secretário-Geral da ONU (2007-2016) ou ainda o entendimento sobre o advento dos BRICS na visão de um Rothschild.
Seja pelo tema de interesse ou pela pessoa do entrevistado, encontramos nesta obra, no mínimo, 50 bons motivos para deitar-lhe os olhos, não fossem as entrevistas verdadeiros retratos individualizados sobre factos e fenómenos que marcaram épocas e que, no somatório, ajudam a contar a história de Angola, dos angolanos, mas não só.
No prefácio da obra, o veterano jornalista Filomeno Manaças, antigo Administrador de Conteúdos da Edições Novembro e que acompanhou de perto a trajectória do autor no Jornal de Angola, observa que na voragem das edições diárias não nos damos conta do valor documental das entrevistas (…). Eis, pois, a forte razão por que estas 50 entrevistas, assim reunidas em obra livresca, ganham obviamente, outra dimensão. No posfácio, Paula Simons considera o livro um valioso contributo para a preservação e reprodução da memória colectiva angolana. O livro, escreve, tem o mérito de nos recordar que a entrevista jornalística se converte facilmente em documento histórico, na medida em que nos deparamos com testemunhos de acontecimentos passados (frequentemente recentes) que servirão de fonte para historiadores e, por conseguinte, sujeitas a seleção e a análise crítica.
Resumo Biográfico
Jornalista, Jurista e Gestor de Comunicação, Kumuênho da Rosa foi o Director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa dos Órgãos de Apoio ao Vice-Presidente da República de Angola, no mandato 2017-2022. É como escriba, temperado nas bancas do «velho» diário generalista Jornal de Angola, onde foi Director Executivo e Editor de Política, que decide celebrar 25 anos de carreira, «bodas de prata», reunindo em livro parte dos trabalhos por si publicados no género jornalístico Entrevista.
Nascido em Cangandala, província de Malanje, aos 19 de Fevereiro de 1977, Kumuênho da Rosa chegou a Luanda no mesmo ano, ao colo da mãe, Dona Rosa, junto com Marioneth, a sua irmã mais velha. Tal como diz o ditado, filho de peixe sabe nadar, segue os passos do pai, o jornalista Patrício José Cambuandy, uma referência da classe, que teve passagens pela Rádio Nacional de Angola, Angop e Jornal de Angola.
Prémio Nacional de Jornalismo em 2010 (ex aequo) e Prémio Maboque de Jornalismo em 2012 (Entrevista do Ano), Kumuênho da Rosa conquistou o seu espaço como jornalista e mais recentemente como comunicador de assinalável performance na Televisão angolana, onde integrou o painel de analistas residentes dos programas “Falar Claro” e “Revista da Semana”, da TPA, e, mais recentemente, o espaço “Revista Zimbo” da TV Zimbo.
Tem trabalhos publicados em vários jornais e revistas, sendo a destacar o artigo “A Propriedade, o Pluralismo e o Poder Político – Factores críticos de representação de interesses nos media angolanos”, na Revista Científica da Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas, edição especial comemorativa dos 45 anos da Independência Nacional.
Kumuênho da Rosa é licenciado em Direito pela Universidade Agostinho Neto (2011), tem uma pós-graduação em Direito dos Contratos e várias especializações na área do Jornalismo, Marketing, Comunicação e Relações Públicas.